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Uma corrida aos bancos (também chamada corrida aos depósitos) ocorre quando um grande número de clientes de um banco levanta os seus depósitos porque crêem que o banco está, ou pode ficar, insolvente. À medida que o pânico progride, gera o seu próprio momento, como uma profecia autorrealizável (ou retroalimentação positiva): à medida que mais pessoas levantam os seus depósitos, a probabilidade de incumprimento do banco aumenta, e isto encoraja mais levantamentos. Isto pode desestabilizar o banco ao ponto de este ficar à beira da falência.
Um pânico bancário ou pânico dos bancos é uma crise financeira que ocorre quando muitos bancos são alvo de corridas aos depósitos simultaneamente. Uma crise bancária sistémica ocorre quando todo ou quase todo o capital dos bancos de um país é liquidado. A cadeia de falências resultante pode causar uma longa recessão económica. Muito do prejuízo económico da Grande Depressão foi diretamente causado por corridas aos bancos. O custo de resolução de uma crise bancária sistémica pode ser enorme, com custos fiscais equivalentes, em média, a 13% do PIB e perdas de produção equivalentes, em média, a 20% do PIB nas crises importantes ocorridas entre 1970 e 2007. Várias técnicas podem ajudar a prevenir corridas aos bancos. Entre elas incluem-se a suspensão temporária dos levantamentos, a organização de bancos centrais que funcionam como emprestadores de último recurso, a proteção de sistemas de seguro de depósitos como o fundo de garantia bancária em Portugal, ou a Federal Deposit Insurance Corporation nos Estados Unidos, e regulação bancária governamental. Estas técnicas nem sempre funcionam: por exemplo, mesmo com seguro de depósitos, os depositantes podem mesmo assim ser motivados pela crença de que podem não ter acesso imediato aos depósitos durante a reorganização bancária.